20 questões sobre GRÉCIA ANTIGA | ANTIGUIDADE CLÁSSICA

Várias questões do Enem e vestibulares com gabarito para você testar seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga (Período Pré-Homérico, Período Homérico, Período Arcaico, Período Clássico e Helenístico.


Várias questões do Enem e vestibulares com gabarito para você testar seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga (Período Pré-Homérico, Período Homérico, Período Arcaico, Período Clássico e Helenístico.



01. (UEPA)
Platão:
    A massa popular é assimilável por natureza a um animal escravo de suas paixões e de seus interesses passageiros, sensível à lisonja, inconstante em seus amores e seus ódios; confiar-lhe o poder é aceitar a tirania de um ser incapaz da menor reflexão e do menor rigor. Quanto às pretensas discussões na Assembleia, são apenas disputas contrapondo opiniões subjetivas, inconsistentes, cujas contradições e lacunas traduzem bastante bem o seu caráter insuficiente.

CHATELET, F. História das Ideias Políticas. Rio de Janeiro: Zahar, 1997, p. 17

Os argumentos de Platão, filósofo grego da antiguidade, evidenciam uma forte crítica à:

a) oligarquia
b) república
c) democracia
d) monarquia
e) plutocracia



02. (Enem) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas".

VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania:

a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.



03. (FMABC-SP)
    A Ilíada e a Odisseia são, certamente, fruto de uma longa tradição oral em que os poetas (chamados aedos) declamavam os episódios da guerra de Troia e as aventuras de Odisseu. Esses relatos eram cantados acompanhados por música, e passados de geração em geração, tendo sofrido muitas alterações e adaptações. Só mais tarde, cerca de 550 a.C., os poemas foram escritos pela primeira vez.”

REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 16.

A partir do texto e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que a Ilíada e a Odisseia são

a) relatos que, à época, alimentavam a profunda rivalidade e os ininterruptos conflitos, hoje bastante estudados, entre gregos e troianos.
b) fonte importante para os historiadores, pois acumulam informações sobre diferentes épocas e sobre o funcionamento da sociedade grega.
c) registros sobre uma guerra decisiva, cuja precisão e veracidade podem ser confirmadas pela farta documentação hoje conhecida sobre Troia.
d) poemas interessantes, mas inúteis para os historiadores, pois suas informações não são verdadeiras e suas bases não são científicas.



04. (Enem)
    O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função

a) Agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.
b) Permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.
c) Constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.
d) Reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.
e) Congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.



05. (Enem)
    No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a Ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.

MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso com os deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.

No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática:

a) Direta
b) Sindical
c) Socialista
d) Corporativista
e) Representativa



06. (Fuvest-SP)
    O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da pólis foi

a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens.
b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos.
c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca.
d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais.
e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros.



07. (Enem)
TEXTO I
    Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.

TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II
    Um cidadão integral pode ser definido nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.

ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

Comparando os textos I e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)

a) prestígio social. 
b) acúmulo de riqueza.
c) participação política.
d) local de nascimento. 
e) grupo de parentesco.



08.  (Fuvest-SP)
    Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 250 km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
FINLEY, Moses I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Presença, 1972. Adaptado.

Com base no texto, pode-se apontar corretamente

a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios
b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural
c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político
d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional



09. (FGV-SP) 
    É a partir do século VIII a.C. que começamos a entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes.

Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado.
Nas pólis, é correto

a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos.
b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora.
c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais
d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado.
e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra.



10. (Fipecafi-SP)
    Não plantam nem lavram; entre os quais tudo nasce, sem que a terra tenha recebido semente nem cultura: o trigo, a cevada e as vinhas que produzem o vinho dos pesados cachos, que para eles a chuva de Zeus intumesce. Não têm assembleias que julguem ou deliberem, nem leis. Não possuem navios aptos para todas as viagens marítimas, de cidade em cidade, como as naus que transportam por mar os homens que entre si trafegam.

HOMERO. Odisseia, 2003. Adaptado.

A Odisseia é um poema épico, que deve ter sido composto no final do século VIII a.C., e cuja autoria é atribuída ao poeta grego Homero. O excerto que narra a chegada de Ulisses, herói da Odisseia, à terra dos gigantes ciclopes, faz uma descrição da sociedade da antiga Grécia, referindo-se

a) às rivalidades entre as cidades gregas e à fraqueza política e militar do conjunto da pólis.
b) à Oposição dos gregos às crenças religiosas dos povos estrangeiros e ao início da filosofia grega.
c) às atividades econômicas da agricultura e do comércio e à organização política da pólis grega.
d) à Fertilidade do solo da península grega e à vida ociosa dos políticos e dos filósofos gregos.
e) à Expansão da escravidão na Grécia e à conquista de territórios bárbaros ricos em mão de obra.​



11. (IFSP) As pólis gregas dependiam da mão de obra escrava. Havia uma certa variação entre homens livres e escravos, como nos mostra a tabela a seguir.

(IFSP) As pólis gregas dependiam da mão de obra escrava. Havia uma certa variação entre homens livres e escravos, como nos mostra a tabela a seguir.

Sobre a mão de obra escrava nas pólis, é correto afirmar que

a) deu origem a uma sociedade escravista, isto é, o escravo era a base de toda a sociedade.
b) era usada somente a época da guerra, quando se formavam os batalhões de soldados.
c) era tão numerosa que os escravos eram confundidos com os cidadãos livres.
d) por haver um equilíbrio entre a população livre e a escrava, a educação era dada igualmente a todos.
e) o equilíbrio numérico existente era devido aos bons tratos que os escravos recebiam dos homens livres.​



12. (Unifev-SP)
O mundo grego do século V a.C. não tinha uma capital, no sentido político do termo. Cada uma das cidades que o constituíam era independente e funcionava, pelo menos na teoria, como um Estado autônomo, com sua própria constituição, leis, organização social, moeda e sistema de pesos e medidas. Atenas, porém, se destacava, exercia uma supremacia de fato e, também, de direito, por meio da Liga de Delos, criada em 477 a.C. sob o pretexto de proteger as cidades de um retorno ofensivo dos persas.

MAFFRE, Jean-Jacques. Atenas, a capital artística da Grécia. História Viva, jun. 2005. Adaptado.

Com base no texto, é correto afirmar que, no século V a.C., Atenas

a) desmantelou o antigo Estado grego unificado e promoveu a autonomia econômica e política das diversas cidades-Estado.
b) assumiu a liderança do projeto expansionista grego e, por meio de aliança militar com as demais cidades-Estado, estabeleceu sua hegemonia no comércio mediterrânico.
c) conseguiu impor sua liderança a algumas cidades-Estado gregas, apresentando-se como capaz de apoiá-las militarmente em caso de ameaças externas.
d) expulsou os invasores estrangeiros que ameaçavam a estabilidade e a contínua harmonia entre as cidades-Estado gregas, apresentando-se como capaz de apoiá-las militarmente em caso de ameaças externas.
e) assumiu o comando do Estado Nacional grego e passou a coordenar as ações políticas e militares em toda a Península Balcânica.



13. (UFRGS-RS) Com relação à vida social e política na Grécia clássica, assinale a alternativa correta.

a) A democracia grega foi instituída no século VI a.C. por Clístenes, colocando fim a um período de governo tirânico e criando os princípios da república.
b) A decadência da pólis grega no período arcaico, entre os séculos VIII a.C. e VI a.C., e o surgimento do Império ateniense permitiram o florescimento cultural nas cidades antigas.
c) O desenvolvimento de uma filosofia fundada na razão ocorreu com o fim do período micênico na Grécia, o que implicou a passagem do politeísmo para o monoteísmo.
d) Os habitantes tinham direitos políticos e eram considerados cidadãos nas cidades-estado, com exceção das mulheres e dos escravos.
e) A união política entre atenienses e espartanos contra os avanços do exército persa ocorreu no contexto da Guerra do Peloponeso.



14. (UFG-GO) Leia o texto a seguir.

Alexandre encerrou os conflitos entre Oriente e Ocidente ao aniquilar o império dos persas, ao conquistar todo o território situado entre o deserto africano e a Índia, ao afirmar a supremacia da civilização grega sobre a cultura declinante dos povos asiáticos. Enfim, ao gerar o helenismo.

DROYSEN, J. G. Alexandre: o grande. Rio de Janeiro: Contraponto, 2010. p. 37. Adaptado.

Ao cunhar o termo helenismo, a citação sintetiza um processo histórico associado

a) à adaptação da religião grega às civilizações orientais, intensificando o processo de expansão da fé entre os povos conquistados
b) à hierarquização social imposta pelos gregos frente a outros povos, em razão da crença em sua origem mítica, Helena, de Tróia.
c) à união das cidades-estados gregas contra a pressão de povos estrangeiros, fortalecendo a identidade cultural da Hélade.
d) à difusão da cultura grega entre os povos conquistados e a assimilação de elementos culturais orientais no Império Macedônio.
e) à reestruturação política do Império Macedônico, com a implantação de princípios democráticos nos territórios conquistados.



15. (FATEC-SP) Em 2015, o noticiário internacional deu grande destaque à Grécia, país europeu que vivia uma grave crise econômica e convocou a população para decidir, via referendo, as medidas que deveriam ser adotadas pelo governo para gerir a crise. Parte da imprensa destacou o caráter democrático de tal medida e, em muitos textos, lembrou que os gregos foram os criadores da democracia.

Assinale a alternativa que indica corretamente quais são as principais diferenças entre as concepções de democracia na Antiguidade grega e no mundo contemporâneo.

a) Na Antiguidade grega, a democracia surgiu da necessidade de administrar países cada vez maiores; nas democracias contemporâneas, a política ajuda a administrar unidades menores, como as cidades.
b) Na Antiguidade grega, o espaço reservado à atividade política eram os templos religiosos ou as residências das pessoas mais importantes; nas democracias contemporâneas, a atividade política se realiza no espaço público.
c) Na Antiguidade grega, política e religião eram esferas sociais separadas; nas democracias contemporâneas, a noção de cidadania vincula-se estreitamente às concepções religiosas.
d) Nas democracias contemporâneas, a participação política é vinculada à renda, com o voto censitário; na Grécia Antiga, apenas os proprietários de terras, homens e mulheres, tinham direito à participação política.
e) Nas democracias contemporâneas, o direito à participação política se estende a todos os grupos sociais; na Grécia Antiga, apenas os homens livres nascidos na pólis eram considerados cidadãos.



16. (Fatec-SP) Ao longo da História, muitas sociedades utilizaram o trabalho de pessoas escravizadas, como, por exemplo, a Grécia Clássica e a América Portuguesa. Refletindo sobre essa forma de exploração do trabalho, é correto afirmar que

a) as duas sociedades citadas utilizaram predominantemente o trabalho de escravos africanos da região subsaariana e da África oriental.
b) a utilização do trabalho escravo, nas duas sociedades citadas, pode ser considerada a base da organização econômica e produtiva.
c) as duas sociedades citadas utilizaram o trabalho de escravos apenas na produção agrícola de exportação e não nas cidades.
d) o exercício da cidadania era permitido aos escravos na Grécia Clássica, mas era impedido na América Portuguesa.
e) havia, na Grécia, apenas escravos de origem romana e, na América Portuguesa, apenas escravos de origem africana.



17. (PUC-RS) No contexto das chamadas Guerras Médicas, no século V a. C., configurou-se um período de hegemonia de Atenas sobre o mundo grego, em substituição a Esparta. Um dos fatores condicionantes dessa hegemonia foi

a) o protagonismo ateniense nas principais vitórias contra os persas, obtidas, em terra, na Lacônia e na Ásia Menor.
b) a formação da Liga do Peloponeso, liderada por Atenas e composta pelas principais cidades agrícolas fornecedoras de escravos.
c) a diminuição drástica do número de metecos e escravos em Atenas devido à guerra, o que obrigou parte da elite a aplicar recursos no comércio e na manufatura.
d) a permanência, após a guerra, do exército espartano na própria cidade, para defender a aristocracia das sublevações dos hilotas e periecos.
e) a queda da ditadura de Péricles em virtude do final da guerra, o que consolidou a democracia e ampliou a influência política de Atenas.



18. (Vunesp)
    A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes.
Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.

O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza

a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade democrática.
b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma.
c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense.
d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas.
e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades.



19. (Vunesp)
    Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de suas políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à Assembleia semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso.
FINLEY, Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.

Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que

a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia.
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter indireto da democracia.
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos na condução política da cidade.
d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu poder e às suas decisões.
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar impasses políticos.



20. (PUC-SP)

"Por natureza, na maior parte dos casos, há o que comanda e o que é comandado. O homem livre comanda o escravo . Estabelecemos que o escravo é útil para as necessidades da vida."

ARISTÓTELES. Política (IV a.C.). Apud: REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 33.

O texto, escrito no século IV a.C., indica que, no mundo grego antigo, a

a) democracia envolvia todos os moradores das cidades e do campo, sem fazer distinções de raça ou condição social.
b) escravidão era considerada natural e sua instituição permitiu a participação dos cidadãos na vida política.
c) democracia e a escravidão eram consideradas incompatíveis, pois apenas com liberdade geral e irrestrita é que se pode construir uma democracia.
d) escravidão permitia que todos os cidadãos pudessem dedicar-se apenas ao ócio, sem atuar na vida coletiva da cidade.
e) democracia predominou, uma vez que todos eram considerados iguais e livres por natureza.



RESPOSTAS:

01. C
02. B
03. B
04. C
05. A
06. E
07. C
08. D
09. B
10. C
11. A
12. C
13. A
14. D
15. E
16. B
17. D
18. E
19. C
20. B

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